Educação a Distância Educação a Distância ::: Nutrição e Saúde :::: julho 2009

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Probióticos e Prebióticos

Os probióticos são bactérias benéficas que equilibram a flora intestinal, combatendo os microrganismos patogênicos que liberam substâncias tóxicas no intestino e que podem causar doenças. Algumas bactérias utilizadas como probióticos são as bifidobactérias e os lactobacilos. Os probióticos podem ser encontrados em alguns iogurtes e leites fermentados.
Os benefícios para a saúde através da ingestão de probióticos são: estabilização da flora intestinal após o uso de antibióticos, aumento da resistência gastrointestinal, melhora na digestão da lactose em indivíduos com intolerância à lactose, fortalecimento do sistema imunológico, alívio da constipação, aumento da absorção de minerais e vitaminas, diminuição do risco de câncer e doenças cardiovasculares, redução dos níveis de colesterol e pressão arterial, controle de úlceras e colite, e prevenção de infecções urogenitais.
Já os prebióticos são fibras alimentares não digeríveis (fruto-oligossacarídeo - FOS e a inulina) que estimulam o crescimento dos probióticos, e podem ser encontrados naturalmente na banana, cevada, mel, trigo, aveia, centeio, tomate, cebola, alho, açúcar mascavo, alcachofra, aspargo e chicória. Os prebióticos podem ser adicionados em alguns alimentos como, por exemplo, em iogurtes e suplementos alimentares.
Os prebióticos possuem as seguintes funções no organismo: manutenção da flora intestinal, prevenção da osteoporose devido à maior absorção de cálcio, melhora do funcionamento intestinal prevenindo a diarréia e a constipação, redução do risco de câncer de cólon, diminuição do risco de arteriosclerose devido à redução dos níveis sanguíneos de triglicerídeos, glicose e colesterol, e estímulo das defesas corporais.
Existem ainda produtos simbióticos, que são aqueles onde probióticos e prebióticos são combinados. Os alimentos citados anteriormente são denominados “alimentos funcionais”, por conterem substâncias ou nutrientes, que além das funções nutricionais básicas, quando consumidos na dieta habitual, produzem efeitos benéficos à saúde. É importante lembrar que uma boa saúde não depende somente do consumo de alimentos funcionais e sim de vários fatores que juntos proporcionam uma vida saudável!

sábado, 11 de julho de 2009

Obesidade Infantil

Estima-se que dois terços da população brasileira possuem sobrepeso ou obesidade. Isto significa que quando saímos à rua, a cada 10 pessoas que encontramos, 6 estão acima do peso. Essa realidade não está presente apenas entre os adultos, atualmente a obesidade infantil vem tomando rumos epidêmicos, e já atinge 10% das crianças brasileiras, tendo aumentado 5 vezes nos últimos 20 anos.
A obesidade não é apenas um problema “estético”, podendo ser definida pelo acúmulo excessivo de gordura no organismo, sendo caracterizada como uma doença não transmissível, e está relacionada com o surgimento de doenças como: diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares, colesterol e triglicérides aumentados, patologias anteriormente diagnosticadas na fase adulta, e que agora são cada vez mais comuns entre crianças e adolescentes.
Foi possível observar esse fato, em uma pesquisa que realizei na UBS (Unidade Básica de Saúde) de Antônio Prado, onde foram avaliadas 65 crianças, com idades entre 2 e 10 anos, de ambos os sexos. O resultado é preocupante, pois 38,5% das crianças apresentaram excesso de peso e 40% possuíam pré-hipertensão, ou seja, possivelmente no futuro se tornarão adultos hipertensos.
Mas o que leva ao estabelecimento do peso excessivo? São vários os fatores, entre eles os hábitos alimentares e o sedentarismo. O aumento do consumo de alimentos industrializados e “fast food”, com elevados teores de sal, colesterol, açúcares e calorias. A diminuição da atividade física, devido às longas horas em frente à televisão, sem contar a influência nociva da propaganda com o apelo publicitário para que as crianças consumam doces e alimentos de alto valor energético, e que não fornecem vitaminas e minerais, essenciais para a boa saúde.
Precisamos mudar essa situação, através da conscientização da importância da alimentação saudável e da pratica de atividade física, desde a infância. Assim estaremos prevenindo diversas doenças que podem comprometer o crescimento e desenvolvimento das crianças, além de garantir mais saúde para o “futuro do nosso país
”!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Cook Chill & Cook Freeze

“Cook -Chill” significa cocção/refrigeração, consistindo em cozinhar o alimento a temperaturas superiores a 75º C e refrigerar em equipamentos que baixam a temperatura do produto rapidamente até a temperatura de +3ºC. O processo reduz ao mínimo o risco de contaminação do alimento, pois a passagem pela zona de perigo (+5ºC e 65ºC) é reduzida a um tempo mínimo.
Estes equipamentos funcionam por circulação de ar, sendo um processo absolutamente natural de conservação, que não requer a adição de conservantes. Com este processo os alimentos têm um prazo de 5 dias para serem consumidos.
“Cook-Freeze” significa cocção/congelamento, consistindo em cozinhar o alimento a temperaturas superiores a 75º C e congelar em equipamentos que baixam a temperatura do produto rapidamente até -18ºC. Assim como no caso anterior, o processo reduz ao mínimo o risco de contaminação do alimento, pois a passagem pela zona de perigo (+5ºC e 65ºC) é reduzida a um tempo mínimo. Sendo também um processo natural, neste caso, os alimentos têm um prazo de 6 meses para serem consumidos.
Os processos são simples: consistem em cozer (cook) e refrigerar (chill) ou congelar (freeze) alimentos dentro de rigorosos métodos de controle de temperatura utilizando equipamentos de tecnologia avançada. Assim é possível produzir refeições para consumo futuro preservando as características, consistência e sabor do alimento.
As refeições chegadas ao local de consumo, são aquecidas, combinando a temperatura e a humidade, permitindo assim, a preservação do valor nutricional e as características organolépticas dos alimentos.
Os alimentos serão aquecidos (regenerados), em microondas abrindo levemente a tampa, não a retirando completamente, para que seja possível a mistura de ar quente e vapor simultaneamente, assim a humidade contribui para que os alimentos não ressequem.
O sistema Cook-Chill é um processo de preparação e refrigeramento dos alimentos, e o sistema Cook-freeze é um processo de preparação e congelamento dos alimentos, ambos com os objetivos de:
Prolongar o seu armazenamento e consequentemente a sua distribuição e consumo de forma segura e nutritiva.
Permitir a confecção de alimentos com antecedência, garantindo segurança microbiológica e mantendo as características de um alimento recém preparado.
Os alimentos após a cocção, expostos à temperatura ambiente, deterioram-se rapidamente, através da ação dos microrganismos, das enzimas e das reações químicas. As temperaturas de risco, que se situam entre os 5ºC e os 65ºC, favorecem a propagação dos microrganismos que causam a deterioração dos alimentos e as consequentes intoxicações alimentares.
O frio inibe a multiplicação dos microrganismos. Então, a temperatura normal de refrigeração para o sistema Cook-Chill é de 3ºC, sendo que a essa temperatura o desenvolvimento dos microrganismos e as reações quimicas relacionadas são diminuídas. Além disso, a redução de temperatura impede ainda, a formação de cristais oriundos do congelamento no interior dos alimentos, interferindo nas suas qualidades nutritivas e organolépticas.